A primeira taça da São Silvestre, conquistada pelo atleta esperiota Alfredo Gomes.
Foto: Arquivo Histórico.
A Corrida Internacional de São Silvestre, a mais tradicional prova de pedestrianismo da América Latina, nasceu em 1925, trazendo um novo capítulo à história do esporte no Brasil. Desde o princípio, a competição se consolidou como um marco da virada de ano para corredores e amantes do esporte. A primeira edição, que contou exclusivamente com a participação de atletas masculinos, teve um percurso de 6,2 km pelas ruas de São Paulo. O vitorioso? O atleta do Clube Esperia, Alfredo Gomes, que completou o trajeto em impressionantes 23 minutos e 10 segundos.
Hoje, o Clube Esperia orgulhosamente preserva em seu acervo a taça conquistada na estreia da prova, além de fotografias e registros que imortalizam aquele momento histórico. “A taça da primeira São Silvestre representa não apenas a relevância do Clube Esperia no cenário esportivo nacional, mas também o início de uma tradição que atravessou décadas e continua inspirando gerações”, destaca Osvaldo Arvate Júnior, presidente do clube.
A prova passou a aceitar competidores internacionais a partir de 1945, expandindo seu alcance e prestígio. Antes disso, até sua 20ª edição, era disputada exclusivamente por brasileiros, o que possibilitou ao Clube Esperia celebrar outra conquista: o italiano Heitor Blasi, também atleta do clube, sagrou-se campeão na edição de 1927 com um tempo igualmente notável de 23 minutos. Ambos os atletas, Alfredo Gomes e Heitor Blasi, colecionaram vitórias em provas icônicas como a “Volta de São Paulo”, “Urbino Taccola” e “Volta de Campinas”, consolidando a tradição do Esperia em corridas de rua.
Foto: acervo do Clube Esperia
Mais que uma competição, a São Silvestre representa um fenômeno cultural e esportivo, conectando corredores de diferentes partes do mundo e destacando a diversidade e a paixão pelo atletismo. O Clube Esperia, que comemora 125 anos de história em 2024, segue honrando seu legado no esporte, promovendo a formação de atletas e preservando memórias que enriquecem a história do atletismo brasileiro.
Além de celebrar seus heróis do passado, o clube continua investindo no esporte e na qualidade de vida, incentivando novas gerações a seguirem os passos de figuras como Alfredo Gomes e Heitor Blasi. “A São Silvestre não é apenas uma corrida, é um símbolo de perseverança e superação. Para o Clube Esperia, fazer parte dessa história é motivo de grande orgulho e inspiração para o futuro”, completa Arvate Júnior.
Ao longo das décadas, a Corrida Internacional de São Silvestre cresceu, tornando-se um evento de dimensão global. O legado de sua primeira edição, contudo, permanece vivo, especialmente no Clube Esperia, onde a taça da vitória e as memórias dessa conquista continuam a inspirar o esporte nacional.
Os vencedores da Volta de Santana, uma corrida especial comemorativa dos 125 anos do Esperia, poderão largar no fronte da próxima edição da São Silvestre, marcando assim mais uma parceria pela perpetuação da corrida de rua.